CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A CARTA ABERTA ÀS COMUNIDADES BRASILEIRAS DE TERREIRO

Porto Alegre, 25 de Janeiro de 2012.

Agô – Saravá – Motumbá – Nossos Respeitos às autoridades religiosas de todo país.

DSC04831Os participantes da Oficina Juventude X Terreiros, enfrentamento as drogas, DSTs/Aids realizada pelo MOPS/RS – Movimento Popular de Saúde do Rio Grande do Sul, na tarde deste dia, reunidos pelo Forum Social Temático no Quilombo Oliveira Silveira, vem participar aos Srs. e Sras. que discutimos o papel dos Povos de Terreiro no enfrentamento às drogas assim como questões relativas às doenças sexualmente transmissíveis, entre outras demandas. A questão da prevenção vem lincada a uma questão social mais ampla, o que sucitou um aprofundamento do debate sobre saúde , educação, vulnerabilidade social, racismo institucional, segurança pública e alimentar, tendo, dessa maneira, gerado demandas a fim de que a sociedade de um modo geral tomem conhecimento, as comunidades de matriz africana tomem ciência e o poder público encaminhe providências.

Neste sentido, providenciamos esta carta para denunciar o processo de intolerancia religiosa oriunda da negligencia gerencial da política de distribuição das cestas alimentícias entregues neste município e demais do estado do Rio Grande do Sul pelo FORMA/RS – Forum de Religiosos de Matriz Africana/RS.

Religiosos de Matriz Africana, presentes nesta oficina, posicionaram total apoio à criação daComissão dos Desassistidos pela Política de Segurança Alimentar e Nutricional conduzida pela entidade acima referenciada, onde o Babalorixá Xandeco de Xangô, conselheiro do CONSEA – Coordenador do MOPS/RS, presidente da Associação Clara Nunes, tomou a iniciativa, questionando com veemência estas práticas anti-democráticas do ponto de vista do processo histórico defendido pelas Comunidades Tradicionais de Matriz Africana.O grupo atuará dentro do quarto eixo relativo as políticas públicas para as Comunidades Tradicionais do CONSEA RS.

O fator da insatisfação das 200 pessoas presentes, em grande parte de entidades representativas dos Movimentos Sociais e de Terreiro (devidamente credenciadas pelas listas de presença e registros em ata), deriva da suspenção arbitrária,sectária e corporativista das cestas, com motivações que desconhecemos e que questionadas, jamais foram declaradas. Não é possível que em um estado que promove fomentos para a erradicação da fome e da miséria, tal situação se instale na contra-mão da história,e da universalização do acesso a alimentação.

A manifestação aqui formulada não pretende e nem deve ferir pessoalmente a nenhum irmão ou irmã religiosa.Porém, a ingerência de políticas públicas deve ser fiscalizada e denunciada sob pena de estarmos incorrendo em omissão,conivência e violação desta legislação nutricional vigente e específica . Outrossim, nesta mesma tarde apresentamos denúncia formal à Ministra Luiza Bairros que se encontrava presente e acolheu a manifestação encaminhando para que sejam tomadas as providências cabíveis.

Desta feita, fica instalada no CONSEA/RS a Comissão dos Desassistidos da Política de Segurança Alimentar e Nutricional a partir desta data e presenciada pelas entidades abaixo citadas participantes da Oficina.

Associação Clara Nunes

Associação Cultural beneficente Cultura Africana Templo de Yemanjá

Associação de Comunicação Conexão Comunitária

CONSEA/RS

MOPS /RS

MOPS Nacional

IACOREQ/ RS

SEPPIR

CEAG – Bahia

MONABANTU

SER – Cut/RS

CM Mulher

MOCAMBO

Frente Nacional de Mulheres do HIP HOP

Quilombo Raça e Classe CONLUTAS

Quilombo de Palmas – Bagé

Quilombo Candiota

Quilombo Várzea das Bahiana

Quilombo solidão das Pedras Altas

Coletivo Afronta

ministério da Saúde/ Secretaria Gestão Estratégia e Participativa

SMED Porto Alegre

Gabinete de Politicas Pública para o Povo Negro POA/RS

SMED Alvorada

COPPIR

UNEGRO Minas Gerais

UNEGRO/RS

ACBANTU

MNU/RS

Secretaria Municipal de Saude – PMPA/POA

IBGE Solidário

SECOM – Secretaria Estadual de Comunicação e Inclusão Digital

UNESCO

Conselho Fiscal de Saúde

Escola Estadual IBA Ilha Moreira

Arquipedra – Coletivo de Comunicação

CSP Conlutas

Ministério das Relações Exteriores

Bilioteca do Negro de Viamão

Ka Te Espero

SBCA

Instituto Refloresta

Instituto Nova Vida

Quilombo Barra do Cadinta

CDS Partenon

Ylê Mãe Oxum


Enviar noticias :  REVISTA
CONEXÃO AFRO conexaoafro@gmail.com
Falar com Mãe
Carmen de Oxala :
caracoles
  (51) 81810404 / (51)  30556655

maecarmendeoxala@hotmail.com

Secretário de Dilma morre por falta de atendimento

Por racismoambiental, 20/01/2012 12:46

Duvanier Paiva, que cuidava do funcionalismo federal, passou pelos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia, mas, sem um talão de cheque, foi barrado. Polícia vai investigar o caso

Gustavo Henrique Braga e Gabriel Caprioli

O secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento, Duvanier Paiva Ferreira, morreu às 5h30 de ontem, aos 56 anos. Após sofrer um infarto agudo do miocárdio quando estava em casa, na 303 Sul, foi levado aos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia. Mas, sem um talão de cheques em mão, teve o atendimento negado. Ele era conveniado da Geap, plano não coberto pelos dois hospitais, segundo as centrais de atendimento. Quando chegou ao Hospital Planalto – o terceiro na busca por uma emergência -, o quadro já estava avançado e os médicos não conseguiram reanimá-lo.

Procurado pelo Correio, o Hospital Santa Lúcia informou que o caso estava sendo avaliado pelo seu Departamento Jurídico. O Santa Luzia garantiu não ter qualquer registro da entrada de Duvanier na emergência. “Iniciamos um levantamento para verificar o assunto”, assegurou Marisa Makiyama, diretora técnica assistencial do estabelecimento. O Hospital Planalto ressaltou que não se pronunciaria devido ao fim do expediente. Duvanier era o responsável pela gestão dos servidores públicos federais e o homem forte da presidente Dilma Rousseff para liderar as negociações com sindicatos e demais entidades representantes do funcionalismo.

O diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Onofre Moraes, afirmou que, diante das denúncias de servidores e dos relatos levados a ele pelo Correio, abrirá inquérito para apurar as condições e o atendimento recebido por Duvanier Paiva nos hospitais Santa Lúcia e Santa Luzia. Se comprovado que houve negligência, os responsáveis poderão ser punidos. A exigência de cheque, cartão de crédito ou outros valores a título de caução para pacientes que alegam possuir plano de saúde é expressamente ilegal.

Órgãos de defesa do consumidor ouvidos pelo Correio consideraram gravíssima a recusa de atendimento a Duvanier, vítima de infarto. O artigo nº 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) determina, em seu inciso 5º, que o prestador de serviço não pode exigir “vantagem manifestamente excessiva” do consumidor – caso no qual se encaixa o caução, uma vez que o próprio plano de saúde é a garantia do hospital.

Estado de perigo – Desde 2003, a Resolução Normativa nº 44 daAgência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) também proíbe a cobrança de qualquer tipo de garantia adicional antecipada ou durante a prestação de serviço. “Não é só ilegal. É muito ilegal. Além dessas regulamentações específicas, o Código Civil protege o cidadão das cobranças abusivas no que é classificado como Estado de Perigo, que são essas situações extremas na qual o sujeito está defendendo a própria vida, como quando ele chega a um hospital buscando atendimento de emergência”, enfatizou Joana Cruz, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

O diretor-geral do Procon-DF, Oswaldo Morais, afirmou que a recusa de atendimento é injustificável, uma vez que a identificação do paciente junto ao plano de saúde é simples de ser feita. “Os hospitais conveniados mantêm contato permanente com as operadoras. Com o número do CPF, é perfeitamente possível saber se a pessoa tem ou não o plano”, afirmou. E mesmo no caso de o hospital não aceitar o plano do paciente, o atendimento, diante do risco de morte, deve ser feito do mesmo jeito, com ressarcimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Morais ressaltou que o Procon pode intervir imediatamente na questão, caso seja acionado. “Nas situações em que somos avisados, podemos entrar em contato com o hospital ou com a operadora e tentar solucionar a questão rapidamente”, completou. Quando há prejuízo à saúde ou nos casos de morte pela negativa do atendimento, a família deve procurar a Justiça – nos Juizados Especiais Cíveis, em ações menores do que 40 salários mínimos ou na Justiça comum, para processos com valor acima desse teto.

Joana Cruz, do Idec, assinalou que não há números precisos para esse tipo de ocorrência, mas que as reclamações de exigência de cheque-caução na rede privada de hospitais são corriqueiras. “Foi exatamente por essa frequência que a ANS baixou essa determinação”, concluiu.

http://saude.empauta.com/saude/mostra_noticia.php?cod_noticia=1006634062&utm_campaign=empauta+mail&utm_medium=mail&utm_source=empauta&autolog=eJwzMDAwNjcyMDS3MDIAUmAEACkpA–2. Enviada por José Carlos.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

E A CERVEJOLÂNDIA, COMO É QUE FICA

Com a desastrada ação contra os habitantes-usuários da Cracolândia em São Paulo, o país, parece,acordou contra o Crack. O debate já saiu da esfera social e passou à esfera política. Vamos deixar a política de fora, já basta a desgraça das drogas.

De custo baixo, o Crack oferta alto índice de êxtase temporário, com lesões cerebrais,irreversíveis, que dificulta mais ainda a sua abstinência. Literalmente é a pior das drogas,como foi a heroína nos anos 70,cujo consumo foi consideravelmente diminuído, devido ao seu alto custo e ter que ser injetada na veia.

Ao largo do Crack, da Cocaína e da potencializada Maconha, passa sorrateira e socialmente aceita, a saborosa, barata e fácil de ser gelada, a Cerveja.

Essa bebida antes era amarga e tinha o inconveniente de ser em garrafas de vidro, por isso, só os mais velhos a aprovavam. Atualmente, colocaram açúcar e em práticas latas de alumínio que, além de baratas, são fácies de gelar.

A juventude embalada em esplêndida publicidade tornou-se público fácil de ser alienada. Cada vez mais no Carnaval,nos shows de Rock e os múltiplos Carnavais Fora de Época (Carna folia ou Micareta) conseguem mais adeptos dessa ´´inocente`` bebida.

Não há um único usuário do Crack que não tenha começado com cerveja ou outro tipo de bebida alcoólica. Sendo esse um ponto importante a ser colocado em debate. Afinal, todo problema ou doença - o uso de e qualquer substância química é uma doença - deve ser combatido a partir da sua origem.

A indústria da cerveja disponibiliza um milhão e 800 mil empregos e equivale a quase 2% do PIB nacional. São cifras expressivas mas, que, por isso mesmo, devem ser analisadas olhando a uma outra cifra ainda mais expressiva que é o alto custo com as vítimas do consumo dessas bebidas.E, não estamos falando do câncer, tendo como causa o uso da bebida alcoólica.

Vivemos atualmente,colhendo os frutos do excelente resultado da conscientização ao combate ao tabagismo. A indústria do tabaco também tinha expressivo número de trabalhadores,inclusive na zona rural, e, nem por isso, vivemos problemas com a diminuição dos seus lucros, pelo contrário,vivemos resultados positivos.Fumar hoje deixou de ser bonito,charmoso ou vigoroso.Fumar virou ser obsoleto e fora de moda.

Poderíamos, portanto, imitar a campanha anti-tabagismo, começando com o veto total à publicidade de qualquer bebida alcoólica e ao patrocínio por cervejarias ou similares, para qualquer tipo de festa ou evento. Melhor ainda, seria restringir o uso de bebida alcoólica depois da 00.00h em locais públicos. E no Carnaval? Só até a 00.00, também.

Não acabaríamos com o alcoolismo e nem com o uso de outras drogas, mas, com certeza, teríamos menos acidentes provocados por condutores alcoolizados,menos violência, menos absenteísmo e teríamos uma expressiva diminuição de habitantes nas Cracolândias de cada Estado da União. Afinal, a Cracolândia não é só em São Paulo.

Eduardo Leite

gastroajuda@hotmail.com

Postado por Eduardo Leite às 10:13 AM

1 comentários:

Paulo Moraes disse...

Caro Eduardo só queria fazer um debate sobre esta parte do seu texto.
"Poderíamos, portanto, imitar a campanha anti-tabagismo, começando com o veto total à publicidade de qualquer bebida alcoólica e ao patrocínio por cervejarias ou similares, para qualquer tipo de festa ou evento. Melhor ainda, seria restringir o uso de bebida alcoólica depois da 00.00h em locais públicos. E no Carnaval? Só até a 00.00, também."
Acho que combater a publicidade é uma ferramenta importante, mas a proibição do uso, mesmo que seja em um horário e em determinado local não funciona. A politica anti-tabagismo funciona muita mais pelas campanhas educacionais que pela nova lei anti-fumo. O Proibicionismo é um erro, temos é que educar e enfrentar a lógica capitalista que estra por trás.

Sábado, Janeiro 14, 2012 11:37:00 AM

Postar um comentário

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Divulgados ganhadores do Prêmio Saúde da População Negra 10/01/2012 15:58:50

 

Foto: Samuel Maciel/PMPA
Artigo acadêmico e duas experiências exitosas serão premiados quinta, 12

Artigo acadêmico e duas experiências exitosas serão premiados quinta, 12

A Secretaria Municipal de Saúde entrega nesta quinta-feira, 12, às 11h, no Centro de Saúde Modelo (rua Jerônimo de Ornelas, 55), o prêmio Promoção da Equidade em Saúde - Saúde da População Negra, que irá premiar autores de projetos bem sucedidos e de artigos acadêmicos em benefício da comunidade afrodescendente. As experiências exitosas foram classificadas de acordo com os critérios de experiência inovadora, capacidade para um projeto permanente, para a interação entre trabalhador e usuário e impacto.
Os artigos acadêmicos foram classificados de acordo com os critérios de Identificação e levantamento das necessidades da população negra de Porto Alegre, relevância para a proposição e direcionamento de políticas públicas voltadas à população negra, capacidade de diálogo e apropriação pelos campos de prática assistencial, capacidade de investigação e análise em outras realidades brasileiras - transferibilidade (estudos quantitativos) ou generalização analítica (estudos qualitativos).
No projeto vencedor, duas pessoas indicadas pela equipe onde a experiência foi desenvolvida (uma de nível superior e outra de nível fundamental ou médio) serão contempladas com um intercâmbio com a Secretaria Municipal de Saúde de Salvador, por cinco dias, com todas as despesas pagas. Já o autor do artigo ganhador receberá certificado e participará também do intercâmbio com a prefeitura da capital baiana.
Incentivo - Com essa iniciativa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Porto Alegre pretende estimular a implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra e combater o racismo, as desigualdades entre as raças e a discriminação nas instituições e nos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O Plano Municipal de Saúde da SMS já contém diretrizes específicas para a comunidade negra.
Vencedores
Artigos Acadêmicos
Homicídios em adolescentes na cidade de Porto Alegre e seu impacto na população negra - Autora: Ana Rosária Sant'Anna
Experiências Exitosas
Para esta modalidade serão premiadas duas experiências, pois o resultado final teve empate.
Horta Orgânica Terapêutica
Autora: Maria de Lourdes Marchesan
Local da ação: Quilombo Fidelix
Serviço de Saúde: Equipe de Saúde da Família Modelo
Espaço Oliveira Silveira
Autoras: Eunice F. S. Bernardes e Miria Patines
Local da ação: Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro
Serviço de Saúde: Pronto Atendimento Lomba do Pinheiro

sábado, 7 de janeiro de 2012

Primeiro aluno de Medicina a entrar por cotas na Ufba recebe diploma

Ícaro Luis tornou-se ícone do sistema; aprovado em concurso para o Programa de Saúde da Fmília, já tem emprego garantido

06.01.2012 | Atualizado em 06.01.2012 - 09:02

Foto: Almiro Lopes

Ícaro começou Medicina na Ufba em 2005

Luana Ribeiro
luana.ribeiro@redebahia.com.br

Em uma casa azul na Ladeira Manoel Faustino - mesmo nome de um dos líderes negros da Revolta dos Alfaiates, que em 2011  se tornou Herói da Pátria – Ícaro Luis Vidal, 24 anos, se apronta para o grande dia de sua vida. À noite, o primeiro estudante a ingressar pelo sistema de cotas no curso de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) se forma.

As trancinhas que a cabeleireira faz em seu black power têm dois motivos: um é poder vestir o capelo de formatura (chapéu usado na solenidade). O outro é a pressão de sua mãe, Raimunda Vidal dos Santos, 47, que acha que assim o filho fica mais bonito para a festa, realizada ontem à noite, no Centro de Convenções.

Ícaro começou o curso em 2005, quando a Ufba implantou o sistema de cotas. Hoje, a instituição reserva 2% das vagas para índio-descendentes e 43% para alunos que tenham todo o ensino médio em escolas públicas. Desses, 85% são para estudantes que se declararam pardos ou pretos.

Ao fim do 3º ano no Colégio da Polícia Militar, conciliado com o cursinho, Ícaro já tinha passado no meio do ano em Direito na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). “Assim, eu fiz a prova mais tranquilo”. Amiga de infância, Inês Costal, 24, lembra dele como aluno aplicado. “Sempre foi brilhante, era o CDF”, relata.

Orgulho
Ícaro atribui o desempenho à sua criação. “Ele nunca me deu trabalho, mas sempre cobrei. A média do colégio era 8, mas eu exigia  9”, lembra a mãe. O rigor deu resultado. “Tenho orgulho dos meus filhos”, afirma ela, incluindo a filha Ísis Carine dos Santos, 25, que mês que vem se forma em Engenharia Química, também na Ufba.

Ontem, na formatura, dona Raimunda via o sonho realizado e vibrava num longo rosa. “Dever cumprido. Agora vou cuidar de mim”, diz ela, que este ano vai tentar cursar Pedagogia. “Espero conseguir uma vaga pelo Enem”, torce.
Ícaro divide com ela e com Ísis uma casa na Liberdade. O pai, que mora em Feira de Santana, também veio para a formatura. Uma outra irmã mora em Conceição de Feira.


Primeiro aluno de Medicina a entrar por cotas na Ufba recebe diploma

Desafios
O sonho de Medicina surgiu cedo. Ao ver crescer a barriga de três tias que engravidaram na mesma época, a cabeça do menino de 6 anos se encheu de perguntas. “Queria saber como tinha entrado, como saía”, lembra. Com o tempo, esqueceu a obstetrícia: agora quer ser oncologista. “Conviver com esses pacientes, tão carentes de atenção, me despertou para a área. O câncer é uma doença que isola”, reflete.

Se os pacientes sofrem, Ícaro também passou perrengues. Nos dois primeiros anos, além de cursar a faculdade, trabalhava e fazia curso técnico em Química, no Instituto Federal da Bahia (Ifba, então Cefet), que lhe possibilitou ser perito técnico da Polícia Civil.

O rapaz só chegava em casa às 23h e ainda tinha que estudar até as 2h.  Várias vezes acabou dormindo em cima dos livros. “Mas nunca repeti nenhuma matéria”, orgulha-se.

O grande impacto na Ufba foi o grau de dificuldade. “A cota facilita a entrada, mas sair depende de você”, analisa.

Hoje, Dr. Ícaro está encaminhado:  passou em um concurso para médico do Programa Saúde da Família (PSF). E quer mais. “Quando vi a equipe do (Hospital) Sírio-Libanês que cuidou de Lula falando com os repórteres, pensei: um dia eu é que vou estar aí”.

Projeto propõe cotas obrigatórias
Mesmo com tantas universidades no país adotando cotas, não há uma lei federal que determine regras ou obrigue as instituições a aderirem ao sistema. As universidades têm autonomia para decidir quantas vagas destinarão às cotas e se o critério será socioeconômico ou étnico. Um Projeto de Lei (71/99) sobre o tema já foi aprovado na Câmara e desde 2008 aguarda para ser votado no Senado. Segundo a proposta, apresentada em 1999 pela então deputada federal Nice Lobão (PFL-MA), as universidades públicas federais reservariam vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, tenham renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo e sejam negros, pardos ou indígenas.

No Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Ricardo Lewandowski relata duas ações contra cotas para negros. A primeira foi ajuizada pelo DEM contra a Universidade Federal de Brasília (UnB), onde  uma comissão decide por foto ou entrevista quem pode ser classificado como negro, pardo ou branco.  A outra foi proposta em maio  por um estudante que não foi aprovado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Há ainda no STF mais três ações sobre o sistema de cotas adotado pelo ProUni. Os processos estão na pauta de votação desse ano.

"quando se aprende a amar o mundo passa a ser seu"


- renato russo -



--- Em sex, 6/1/12, Marcos Cardoso <macardoso1109@yahoo.com.br> escreveu:

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

CID DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE RECONHECE A MEDIUNIDADE

 

Medicina reconhece obsessão espiritual

Drº Sérgio Felipe de Oliveira (foto) com a palavra:

"Ouvir vozes e ver espíritos não é motivo para tomar remédio de faixa preta pelo resto da vida..."

Até que enfim as mentes materialistas estão se abrindo para a Nova Era; para aqueles que queiram acordar, boa viagem, para os que preferem ainda não mudar de opinião, boa viagem também.

Uma nova postura da medicina frente aos desafios da espiritualidade.

Vejam que interessante a palestra sobre a glândula pineal do Dr.Sérgio Felipe de Oliveira, médico psiquiatra que coordena a cadeira de Medicina e Espiritualidade na USP:

A obsessão espiritual como doença da alma, já é reconhecida pela Medicina. Em artigos anteriores, escrevi que a obsessão espiritual, na qualidade de doença da alma, ainda não era catalogada nos compêndios da Medicina, por esta se estruturar numa visão cartesiana, puramente organicista do Ser e, com isso, não levava em consideração a existência da alma, do espírito. No entanto, quero rectificar, actualizar os leitores de meus artigos com essa informação, pois desde 1998, a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu o bem-estar espiritual como uma das definições de saúde, ao lado do aspecto físico, mental e social. Antes, a OMS definia saúde como o estado de completo bem-estar biológico, psicológico e social do indivíduo e desconsiderava o bem estar espiritual, isto é, o sofrimento da alma; tinha, portanto, uma visão reducionista, organicista da natureza humana, não a vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito.

Mas, após a data mencionada acima, ela passou a definir saúde como o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, psicológico eespiritual.

Desta forma, a obsessão espiritual oficialmente passou a ser conhecida na Medicina como possessão e estado de transe, que é um item do CID - Código Internacional de Doenças - que permite o diagnóstico da interferência espiritual Obsessora.

O CID 10, item F.44.3 - define estado de transe e possessão como a perda transitória da identidade com manutenção de consciência do meio-ambiente, fazendo a distinção entre... os normais, ou seja, os que acontecem por incorporação ou actuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença.

Os casos, por exemplo, em que a pessoa entra em transe durante os cultos religiosos e sessões mediúnicas não são considerados doença.

Neste aspecto, a alucinação é um sintoma que pode surgir tanto nos transtornos mentais psiquiátricos - nesse caso, seria uma doença, um transtorno dissociativo psicótico ou o que popularmente se chama de loucura bem como na interferência de um ser desencarnado, a Obsessão espiritual.

Portanto, a Psiquiatria já faz a distinção entre ... o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios.

O manual de estatística de desordens mentais da Associação Americana de Psiquiatria - DSM IV - alerta que o médico deve tomar cuidado para não diagnosticar de forma equivocada como alucinação ou psicose, casos de pessoas de determinadas comunidades religiosas que dizem ver ou ouvir espíritos de pessoas mortas, porque isso pode não significar uma alucinação ou loucura...

Na Faculdade de Medicina DA USP, o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico, que coordena a cadeira (hoje obrigatória) de Medicina e Espiritualidade.

Na Psicologia, Carl Gustav Jung, discípulo de Freud, estudou o caso de uma médium que recebia espíritos por incorporação nas sessões espíritas.

Na prática, embora o Código Internacional de Doenças (CID) seja conhecido no mundo todo, lamentavelmente o que se percebe ainda é muitos médicos rotularem todas as pessoas que dizem ouvir vozes ou ver espíritos como psicóticas e tratam-nas com medicamentos pesados pelo resto de suas vidas.

Em minha prática clínica (também praticada por Ian Stevenson), a grande maioria dos pacientes, rotulados pelos psiquiatras de "psicóticos" por ouvirem vozes (clariaudiência) ou verem espíritos (clarividência), na verdade, são médiuns com desequilíbrio mediúnico e não com um desequilíbrio mental, psiquiátrico. (Muitos desses pacientes poderiam se curar a partir do momento que tivermos uma Medicina que leva em consideração o Ser Integral).

Portanto, a obsessão espiritual como uma enfermidade da alma, merece ser estudada de forma séria e aprofundada para que possamos melhorar a qualidade de vida do enfermo.

Texto de Osvaldo Shimoda

Colaboração de CEECAL - Centro de Estudos Espírita Caminho da Luz.

Sérgio Felipe de Oliveira é um psiquiatra brasileiro, doutor em Neurociências, mestre em Ciências pela USP (Universidade de São Paulo) e destacado pesquisador na área da Psicobiofísica. A sua pesquisa reúne conceitos de Psicologia, de Física, de Biologia e de Espiritismo.


Desenvolve estudos sobre a glândula pineal, estabelecendo relações com atividades psíquicas e recepção de sinais do mundo espiritual por meio de ondas eletromagnéticas. Realiza um trabalho junto à Associação Médico-Espírita de São Paulo AMESP e possui a clínica Pineal Mind, onde faz seus atendimentos e aplica suas pesquisas.

Segundo o mesmo, a pineal forma os cristais de apatite que, em indivíduos adultos, facilita a captura do campo magnético que chega e repele outroscristais. Esses cristais são apontados através de exames de tomografia em pacientes com facilidade no fenómeno da incorporação. Já em outros pacientes, em que os exames não apontam tais cristais, foi observado que o desdobramento fora facilmente apontado.

Segundo a revista Espiritismo & Ciência,[1] “o mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.

Sérgio Felipe de Oliveira tem feito palestras sobre o tema em várias universidades do Brasil e do exterior, inclusive na Universidade de Londres. Numa apresentação na Universidade de Caxias do Sul, o pesquisador afirmou ter recebido vários estímulos para estudar a glândula pineal quando ainda estava concentrado em pesquisas na área de física e matemática. Um desses estímulos foi uma visão em que lhe apareceu o professor Zerbini, renomado médico cardiologista e pioneiro dos transplantes de coração no Brasil. Zerbini, a quem Sérgio teria substituído em seus dois últimos compromissos acadêmicos, sugeriu a Sérgio insistentemente (durante a visão) que estudasse a glândula pineal, conforme o relato do pesquisador.

Tags: Doença, F44-3, OMS, do, espirito