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Movimentos sociais e saúde hoje: novos tempos, novas necessidades, novas estratégias - Mª Inês S. Bravo
Palestra proferida por Maria Inês Souza Bravo, professora da Faculdade de Serviço Social da Uerj, durante o Ciclo de Debates - Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família, realizada no Auditório Térreo da ENSP no dia 9 de maio de 2011. A atividade contou ainda com a participação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Marcelo Rasga Moreira, como debatedor da palestra e teve a coordenação do pesquisador da ENSP, Eduardo Stotz.A professora destacou que a saúde é um componente fundamental da democracia por ser determinada por um conjunto de direitos como também por ter potencial revolucionário e de consenso.
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Dando início às atividades da sétima edição do Ciclo de Debates - Conversando sobre a Estratégia de Saúde da Família - nessa segunda (9/5), no auditório térreo da ENSP, a professora da Faculdade de Serviço Social da Uerj, Maria Inês Souza Bravo, abordou o temaMovimentos sociais e saúde hoje: novos tempos, novas necessidades, novas estratégias. A professora destacou que a saúde é um componente fundamental da democracia, uma vez que é determinada por um conjunto de direitos, como também pelo potencial revolucionário e de consenso. A atividade contou ainda com a participação do vice-diretor da Escola de Governo em Saúde, Marcelo Rasga, como debatedor da palestra, e coordenação do pesquisador da ENSP, Eduardo Stotz.

Em seguida, Inês contextualizou a luta pela saúde na abertura política. Segundo ela, partir da década de 90, consolida-se uma direção política das classes dominantes no processo de enfrentamento da crise brasileira, tendo como estratégias do grande capital a acirrada crítica às conquistas sociais da Constituição de 1988 e a construção de uma cultura persuasiva para difundir e tornar universal sua visão do mundo. A professora destacou também a participação dos movimentos sociais e a saúde a partir da década de 90. "Houve uma fragilização das lutas sociais como uma atitude defensiva dos movimentos sociais, tornando assim um campo propício para as tendências neocorporativas e individualistas", afirmou.

Por fim, Inês apontou que "na atual conjuntura, é fundamental a articulação nacional através da Frente entre os diversos Fóruns de Saúde, com vistas à construção de um espaço que fomente a resistência às medidas regressivas e aos direitos sociais, e contribua para a construção de uma mobilização em torno da viabilização do Projeto de Reforma Sanitária, construído nos anos 80 no Brasil, tendo como horizonte a emancipação humana", concluiu.

Desafios atuais dos movimentos sindicais
Dando continuidade ao tema proposto para o debate, o vice-diretor da Escola de Governo em Saúde da ENSP, Marcelo Rasga, pontuou desafios para os movimentos sociais na atualidade. Segundo ele, "para chegar ao socialismo, é necessária a radicalização da democracia, pois só assim teremos uma sociedade mais justa". Dentre os desafios apontados pelo vice-diretor para a radicalização da democracia, é fundamental aumentar a participação da sociedade na formulação das políticas públicas.
De acordo com o professor, os conselhos de saúde têm extrema importância, pois atuam no campo da formulação das políticas públicas. Porém a questão de terem participação não resolve todos os problemas, pois é fundamental a integração de várias ações. "Hoje podemos com força de lei entrar e participar; podemos radicalizar a democracia se investirmos em nossa participação por meio dos conselhos de saúde. Os movimentos sindicais têm que exigir a melhora do Sistema Único de Saúde", enfatizou o vice-diretor.

Fontes: Informativo ENSP e ENPS - Biblioteca Multimídia - Temas
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